Está feito.
3h45m40s é este o resultado final da minha estreia nesta distância.
Apesar do pouco treino para esta prova, em que é necessário meter muitos kms nas pernas estava confiante que ia alcançar o objectivo principal, que era o de terminar a prova.
A manha começou logo cedo, com o pequeno almoço a ser tomado na residencial partilhada por cerca de mais de uma dezena de conterraneos, que partiram à conquista da Invicta, que amanheceu chuvosa, como habitual e refrescava-me a memória dos meus anos de estudante ali tão bem passados.
O percurso até à partida foi feito em passo rápido devido à chuva e frio, e mal chegamos vimos o Carvalho, o qual se juntou ao grupo no abrigo por baixo dos prédios do galiza, para uma ultima confraternização e descontração antes da partida bem como de algumas fotos.
A cerca de 20m da partida foi feito o aquecimento possivel, e lá fomos nós à espera da partida com cerca de 1200 atletas da maratona, e ainda restava os restantes participantes da family race.
Dado o tiro de partida naquele ambiente espectacular, tinha perdido o meu companheiro de prova, Carvalho, apesar dos meus esforços iniciais para ver se ainda o via no meio daquela imensa multidão. Ainda no inicio, na subida da Julio Dinis para a Rotunda da Boavista passou por mim o Carichas o qual uma breve conversa foi para frente fazer a sua prova. Eu tentava arranjar um ritmo e companheiros de prova e cumpri o primeiro Km em 5m27, que apesar de lento era preciso ver que este km inicial era o mais complicado devido à partida e à ligeira subida existente. Nessa altura encontrei aqueles que foram os meus parceiros até à meia-maratona. Quatro atletas do Porto Runner's que iam para as 3h30 e já com algumas maratonas nas pernas. Foi uma primeira metade da prova sem história, com o convivio com os meus companheiros de prova e a conclusão da meia-maratona em 1h42m, ou seja 3m abaixo do objectivo. E foi nessa altura quee cometi o grande erro. Sentia-me fesco, leve e pensei, porque não arriscar mais um pouco? Foi a morte do artista. Começei a sentir nas pernas o meu erro entre o km 25 e o km 26 e decidi voltar a baixar o ritmo, mas o mal já estava feito. Perto do Km 32 e na passagem da pior parte do empedrado do percurso, junto à Ribeira do Porto começaram os quadricipedes a queixar-se e a partir do abastecimento dos 32,5km foi o sacrificio constante entre sucessivas paragens e um género de corrida que mal levantava os pés. Para piorar foi nesta fase que tivemos vento pela frente e o percurso entrava na sua fase ascendente num falso plano.
Perante tais adversidades, restou-me a força mental que fez levar-me até à meta e as maravilhosas meias de compressão da Compressport, que era o que ainda permitia que os minhas pernas aguentassem aquele levantar de pernas que mais parecia marcha do que corrida.
Era ver atletas e mais atletas a passar por mim, até que perto do km 39 passou por mim o Carvalho em bom ritmo e ainda com tempo para lançar a piada, para eu ir com ele!
Os ultimos metros foram de grande esforço, alem de satisfação e emoção de ter feito uma maratona.
Após ter cortado a meta encontrei o meu cunhado e minha sobrinha que lá estavam para me dar os parabens.
Para o ano já está marcado no meu calendário nova visita ao Porto, espero que dessa vez com mais treino de forma a não voltar a ter de sofrer desta maneira.
Está feita Duarte, e quando saem a ferros ainda lhe damos mais valor, agora é recuperar e começar a preparar a época 2011.
ResponderEliminarQuais são os projectos do Nacional para o próximo ano?
Boas Sica,
ResponderEliminarFoi uma prova em que notei a falta de treinos, mas o final é como dizes, foi de grande satisfação.
Quanto ao Nacional neste moemnto estamos à procura de um patrocinador para a secção para tentarmos fazer umas coisas engraçadas e lançar definitivamente a Escola de Triatlo.
Espero para o ano possas fazer novamente o triatlo do Funchal e que faças a tua estreia no Porto Santo.
Abraço
Duarte Câmara